Dentre
os mais diversos problemas de saúde que afetam os cães atualmente,
a obesidade é sem dúvida o principal deles. Ao redor de todo o
mundo cães tem sofrido com esse problema, e no Brasil, a estimativa
é de que ao menos 40% dos cães que são levados à clínicas
veterinárias
apresentam
problemas de sobrepeso. Assim como ocorre entre os humanos, a
preocupação com o controle do peso dos cães tem aumentado
consideravelmente nos últimos anos, e diversas medidas tem sido
tomadas tanto por donos como por veterinários
para
amenizar e controlar o problema.
É importante ressaltar que a obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura no corpo do animal e não apenas pelo sobrepeso, que pode ser resultado de excesso de massa muscular. O cão obeso apresenta deformações físicas que podem ser notadas facilmente. Além dos depósitos de gordura generalizados, esses animais se locomovem vagarosamente e apresentam respiração curta e ofegante.
A obesidade
é um problema complexo para os animais, uma vez que aumenta o risco
de problemas respiratórios e cardiovasculares, transtornos no
aparelho locomotor e nas articulações, além de aumentar a
predisposição a diabetes e doenças infecciosas.
Entre as
principais causas da obesidade entre cães estão o sedentarismo, a
má ou superalimentação, a castração (veja mais sobre castração
em: Prós
e Contras da Castração de Cães),
e predisposições genéticas de algumas raças.
O sedentarismo se dá principalmente quando os cães passam a maior
parte do tempo deitados ou dormindo.
Alguns donos praticamente não
levam seus cães para se exercitar e somente os tiram de casa para
que possam fazer suas necessidades. Além disso, alguns animais vivem
em espaços reduzidos, o que os impossibilita de correrem ou
brincarem quando estão dentro de casa. A má ou superalimentação é
outro fenômeno comum nos dias de hoje. A grande maioria dos donos
alimenta seus cães fora de hora com alimentos inadequados. Como
resultado, os cães comem mal e mais do que necessitam.
Outro
procedimento comumente atrelado a obesidade canina é a castração.
Estudos mostram que cães castrados, tanto machos quanto fêmeas,
deixam de produzir certos hormônios responsáveis por controlar o
apetite e também por estimular a movimentação.
Entretanto, a
relação entre castração e obesidade ainda não é definitiva, e
carece de estudos mais detalhados para ser encarada como realidade.
Por fim, algumas raças como o Labrador
Retriever,
Cocker
Spaniel Americano,
Beagle,
Collie
Escocês de Pêlo Longo,
Basset
Hound,
e Golden
Retriever
tendem naturalmente a apresentar problemas de obesidade, o que sugere
a presença de um componente genético nessas espécies diretamente
relacionado a esse problema. Dada a variedade e a seriedade dos
problemas que a obesidade pode causar nos cães, incluindo até o
falecimento em alguns casos, os proprietários finalmente se
conscientizaram da necessidade de combater esse problema.
O primeiro
e mais importante passo a ser tomado é reconhecer que o animal está
acima do peso e que precisa de tratamento. Feito isso, o dono
necessita cuidar da alimentação do animal, atentando tanto para
quantidade quanto para a qualidade dos alimentos que o animal está
ingerindo. Por fim, também é necessário se certificar de que o
animal realize exercícios físicos regularmente. Logicamente,
algumas dessas medidas podem e devem também ser tomadas
preventivamente, com o intuito de manter o cachorro com o peso ideal
e evitar a obesidade e outro problemas atrelados a essa patologia. *
Este texto informativo, expressa apenas uma opinião, portanto para
qualquer decisão, consultar previamente um médico veterinário.
Fonte:
Equipe Só Cães
AMO PATINHAS
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